segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Me perdi e preciso voltar pra mim

Imagem: minha autoria

Na tarde de hoje estava eu organizando a galeria do meu celular, quando encontrei uma foto de uns dois anos atrás, na qual me fez refletir sobre minha vida. A foto que eu encontrei foi tirada por mim mesma, em um dia feliz em que eu plantei girassóis em vasinhos das cores rosa e lilás. Parecia uma foto qualquer, até então, mas algo em mim se despertou, a indagação de: "o que aconteceu comigo?". Há quanto tempo eu não planto girassol, que é minha flor preferida? Ou que eu leio um livro do começo ao fim? Que eu paro para ler outros blogs e principalmente escrever no meu? 

Há quanto tempo eu não me sinto  mais feliz?

Depois de me questionar um pouco, concluí que já faz um tempo que não faço as coisas que gosto e que me fazem bem. E entendi que talvez seja esse um dos motivos de sentir um aumento na minha ansiedade, de sentir que falta algo, de não me sentir bem em estar na minha pele.

(Sei que muita "coisa" ruim externa aconteceu, e que isso afetou diretamente no meu jeito de viver e de estar).

Por que nos esquecemos de nós? Por que deixamos de fazer o que gostamos para viver a mercê de não sei o quê? Por que trocamos o viver off pelo sobreviver online? Aonde foi que aprendemos a abandonar o que nos fazia bem? Eu não sei, mas me atrevo a afirmar que se desencontrar de nós mesmos é o caminho mais triste que podemos trilhar. 

Eu tenho a noção de que nunca mais serei a mesma,  mas minha essência, não quero perder. 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

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Hoje faz quatro meses sem você, pai. Cada dia que passa, a saudade e tristeza aumentam. Cada canto da casa me faz lembrar você. A rede não tem mais você balançando enquanto ri dos vídeos engraçados no celular. Sua cama está vazia. O sofá já não tem você. Os cachorros perceberam sua ausência. Não tem mais assobios, nem música alta. Não tem barulho de moto chegando do trabalho. Não tem xingo e nem estresse de alguém tentando consertar algo. Não tem você no centro da cidade e no supermercado. Não tem ninguém pra fazer graça aqui. Ficou o silêncio. De três mulheres que são muito fortes, mas têm sentimentos. Eu vejo pessoas de cabelo branco e lembro que não vou ter a oportunidade de te ver envelhecer. Você faz muita falta. E eu queria ter te dado o último abraço



domingo, 1 de novembro de 2020

Você aceita o amor que acha que merece

Imagem: Pinterest

Em um dia qualquer, sem nada para fazer, procurei filmes para ver pela internet, e, cansada desses filmes clichês, buscava por um diferente. Até que encontrei o filme "As Vantagens de Ser Invisível", me interessei só pelo nome. Gostei do filme, era um filme de amor sem muito mi-mi-mi, sem clichês - do jeito que eu queria. Mas, o motivo desse texto nem é para falar do filme em si, e sim de um diálogo em especial:

"Charlie - Por que as pessoas boas, sempre escolhem as pessoas erradas para namorar? 

  Bill - Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos.

  Charlie - E nós podemos mostrar para essas pessoas que elas merecem mais?

  Bill - Nós podemos tentar."

Aquela frase não saía da minha cabeça: "Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos". E não é verdade? Vejamos: se uma pessoa não te trata bem, não te valoriza, não te quer do lado dela, me diz por que insistir? Eu já fui daquelas adolescentes bobas, que não enxergava o meu próprio valor. E foi assim que tive minha primeira desilusão amorosa... Depois a segunda, terceira, quarta, quinta ... e até que um dia resolvi acordar para a vida.

Para mim, não é errado demonstrar. Errado mesmo é você se declarar para quem não merece. Errado é você ser ignorada e continuar se iludindo. Errado é você não saber mandar a pessoa ir se fuder e seguir sua vida. Errado é achar que ele é o melhor cara que você pode ter, sem ao menos, se dar a chance de perceber que você merece o melhor.

"Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos", - nunca mais esqueci. E, quando alguém me disser que está sofrendo por amor, vou lhe perguntar: o que você quer para si? Se acha merecedor de algo que te faça bem? Não perca seus dias com pessoas que não têm nada a lhe acrescentar. Busque somar com alguém que reconheça a pessoa extraordinária que você é, pelo simples fato de ser você.

O patinho não era feio, e ele nem sabia

Imagem: Pinterest

Muitas vezes esperamos que alguém nos valorize, seja um cara que amamos, algum de nossos amigos ou familiares, e quando isso não acontece nos sentimos inferiores e deixamos de acreditar. Mas muita gente não percebe que atraímos o que pensamos sobre nós mesmos. Ou seja, se você se achar feia, incapaz, e que não é boa o suficiente, será isso o que os outros também vão achar de você. É como aquela história onde o patinho era excluído por não ser como os outros, ele se sentia triste por ser motivo de críticas. Ele era diferente sim, só que não percebia que aquela diferença é que fazia ele ser único e especial. O patinho não era feio e o pior é que ele não sabia. Só depois com o tempo ele se transformou em um lindo cisne. Assim também somos nós. Devemos aprender a transformar o que não gostamos em nossa marca, em nossa qualidade. Talvez não é o mundo que não percebe o nosso valor, e sim nós que estamos cegos demais para enxergar isso!

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Metamorfose

Imagem: minha autoria

Ninguém nasce pronto. As borboletas não nascem com aquelas asas coloridas. Elas ganham asas com o tempo. Do ovo até a forma adulta, a borboleta passa por vários estados. Ela vive na forma de uma larva que cresce conforme se alimenta de plantas. Aquela lagarta sabe que tudo tem um tempo certo para acontecer, até mesmo para ganhar asas e voar. Todos querem alcançar vôos, porém ninguém quer pagar o preço das asas. 

Ver uma borboleta voando entre as flores é muito fácil. Todos se esquecem do tempo em que ela ficou dentro do casulo, esperando pelo tempo certo de sair, se desenvolvendo pouco a pouco, sem pressa para alcançar o céu. As borboletas são merecedoras de tal formosura, simplesmente por serem determinadas como são. Como não admirar tamanha beleza? 

Nós também desejamos o voo, mas não queremos sair do casulo. Queremos tudo fácil, sem muito esforço. Mas, se a natureza que com sua perfeição também sabe esperar a hora certa de plantar e colher, por que também não vamos? Tudo tem um tempo certo, não adiante correr, mas também não precisamos acomodar... Basta fazermos nossa parte, vivendo um dia de cada vez, acreditando que enquanto nosso "casulo" não se abre, estamos nos desenvolvendo como pessoa. 

Cada sonho que buscamos realizar, é uma pequena parte de nossas asas; e ter paciência das borboletas é virtude que devemos conservar... Um dia o nosso "casulo" irá se abrir, e então, voaremos... Voaremos como aquela borboleta que um dia foi uma lagarta, que acima de tudo, soube esperar a hora certa para voar!

Imagem: minha autoria

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Um resumo sobre minha aceitação do meu próprio cabelo

Na maior parte da minha vida tive vergonha de usar meu cabelo assim: natural. Em casa minha mãe sempre incentivou a olhar para frente de cabeça erguida, mas infelizmente dei mais ouvidos ao mundo lá fora e optei por me sentir errada por ser diferente. O diferente era feio, era motivo de piada. Não sou negra, mas vivi o preconceito por ter um cabelo com muito volume, com frizz, por ser cacheado. 
Eu só ia para o colégio de trança, não soltava por nada. Minhas colegas eram em sua maioria de cabelo liso, e assim, eram chamadas de lindas. É difícil se sentir bonita e se amar quando tudo ao seu redor te diz o contrário.

Os anos passaram e fiz minha primeira progressiva. Mas não alisou meus fios como eu queria, então fiz minha segunda progressiva. Depois de duas tentativas entendi que meu cabelo não iria alisar com apenas progressiva, porque meus fios eram mais resistentes que eu. Foi tenso. Então com as experiências pessoais e muita leitura em blogs de amor próprio, decidi abandonar definitivamente a progressiva. Não foi fácil, porque eu ainda não tinha aceitado meu cabelo, e na medida que ele foi crescendo, metade ficava cacheado e metade liso, então para sair em alguma festa, por exemplo, eu fazia escova e chapa no salão. 

Até que um dia, cortei meu cabelo no ombro, e dei adeus a progressiva que restava no meu cabelo. Desde então eu aprendi a aceitar meu cabelo natural. 

Naquela época acho que não tinha tantas blogueiras cacheadas como hoje, e não haviam tantas marcas investindo em produtos para cabelos cacheados e crespos, até porque naquela época "cabelo cacheado não estava na moda", como hoje. É uma pena que para mim, muitas marcas só resolveram fazer produtos para cabelos cacheados e crespos porque nosso tipo de cabelo ganhou voz: atrizes e muitas famosas começaram a assumir seu cabelo natural, então as mulheres tiveram um pouco de representatividade, e puderam começar a enxergar sua própria beleza, assim muitas mulheres começaram a falar sobre isso e a ajudar outras mulheres. 

Mas a luta continua: apesar de ter me tornado uma mulher empoderada com o próprio cabelo, há pouco tempo ainda me sentia mal com o frizz e com a falta de definição nos meus cachos, mas hoje já aceitei isso também e será um assunto para o próximo texto. E para finalizar, porque esse texto já está muito grande, eu estou feliz que depois de muitos anos muita coisa mudou para melhor: eu me permiti ser livre, aprendi a gostar do meu cabelo assim, vejo muitas mulheres assumindo o cabelo delas também, a chapinha virou uma opção e não obrigação, as crianças já estão crescendo diferentes da minha época e eu espero ser exemplo para muitas pessoas que assim como eu, querem apenas ser quem são.

Faça algo por você


Minhas férias de julho do ano de 2016, foram muito ruins: não descansei, não fiz nada do que queria, me senti desanimada com tudo. Com tanta coisa acontecendo fora e dentro de mim, fiquei me sentindo sozinha. Sabe aquela solidão cercada de gente? É a pior. Senti que aquela foi a pior férias da minha vida de estudante. Tudo o que consegui sentir foi um vazio. Só queria que tudo fosse diferente. Mas por onde começar?

Foi então que no último sábado de julho minha amiga da faculdade me ligou para ir com ela ao shopping. Eu não estava animada, mas me lembrei de como estava me sentindo sozinha naqueles últimos dias (sempre reclamo que não saio com meus amigos), então aceitei ir. Foi o melhor dia das minhas férias: fui pela primeira vez no cinema 3D, conversamos muito, passeamos nas lojas, ela mostrou que realmente é minha amiga, não por ter me chamado para ir no cinema, mas por ter feito questão de me ver, de me presentear com um momento agradável que há muito tempo eu não tinha.

Também fomos na livraria, e enquanto ela procurava um livro para comprar, eu encontrei um livro na prateleira da loja e abri em duas páginas, nelas estavam palavras que pareciam ter sido escritas especialmente para mim. Depois fomos comprar lanche para comer no ônibus, pois estava na hora do ônibus dela chegar. Naquele dia percebi que minha solidão não era de gente, era falta de mim mesma, falta de me proporcionar momentos legais, falta de sair do quarto e parar de pensar que ninguém me ama, que não mereço a felicidade, porque sim, eu mereço! Eu mereço me sentir bem e mereço ser amada. Preciso parar de pensar tão negativo ... Pensar mais em mim!

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Apresentação (sobre o blog)

OI, TUDO BEM? 
Primeiramente quero agradecer por sua visita, seja bem vindo (a) ao meu blog, e volte sempre que quiser. Se você é novo (a) por aqui, e não sabe do que se trata, já vou lhe explicar, mas antes, quero contar como tudo começou: desde criança sempre gostei de escrever, escrevia em minhas agendas, diários e cadernos. Com o passar dos anos, percebi que sempre tive a necessidade de me expressar, e em 2009 criei meu primeiro blog. Eu tive vários blogs, cada um com nome e propósito diferente: escrever sobre minha paixão não correspondida, falar sobre música, relacionamentos, e até me arrisquei a escrever poesias. Mas no final eu acabei excluindo todos eles. Depois de tantos começos e fins, percebi que era o momento de me encontrar, e a partir disso, criei o Tatá Escreve.
SOBRE O BLOG
O Tatá Escreve inicialmente era um blog focado no amor próprio, eu queria ajudar outras pessoas a se amarem, mas com tantos acontecimentos em minha vida, não consegui atingir esse objetivo (não da maneira que eu queria). Eu estava passando por um processo de autoconhecimento, percebi a necessidade de buscar ajuda, de me ajudar antes de tentar ajudar outras pessoas, e assim, fui me refazendo. E hoje estou aqui, apresentando meu blog novamente a vocês, e depois de alguns dias pensando em qual seria sua definição, decidi que não haverá. Ele não será rotulado como um blog de amor próprio, nem de poesia, nem blog literário ou um diário pessoal, mas isso não significa que não possa escrever sobre tudo isso. Eu só não quero cobrar isso de mim e nem fazer do meu blog um lugar chato. Porque aqui sempre foi e será meu refúgio, meu cantinho preferido, onde me traz alegrias. Só quero ser eu mesma, e compartilhar meus pensamentos por aqui.
MEU NOME É TAMIRYS, PRAZER!


Eu me chamo Tamirys Fernandes, mas podem me chamar de Tatá. Sou professora de educação infantil, e amo o que faço. Me considero uma pessoa sonhadora, feliz, determinada e que sabe o que quer. Amo minha família, meus amigos. Meu animal de estimação preferido é cachorro, mas acho muito fofo coelhos e peixinhos (já tive alguns). Amo a cor rosa e tudo que é fofo, gosto de expressar isso através das minhas roupas, objetos e em tudo que faz parte do meu cotidiano. Amo ler, escrever e assistir filmes. As pessoas que conheço me falam que tenho um gosto duvidoso por séries kkkkk, é que só assisto doramas chineses, japoneses e coreanos, (acreditem, são muitos fofos e divertidos). Minha flor preferida é o girassol, e gosto também de cactos e suculentas. Sou sensível e brava, mas sei ter empatia sempre que necessário. Sou tímida e prefiro escrever que falar em público. Meu lema é: "um dia ruim não significa uma vida ruim" e tenho levado isso comigo.

Então é isso ♥
© Tatá Escreve
Maira Gall